Nova tecnologia já faz parte do catálogo do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (Macs) e do Museu Marcos Amaro (Fama), em Itu (SP)
Dois museus da região de Sorocaba (SP) aderiram ao metaverso, que é uma expectativa de levar o mundo real para dentro do virtual. As experiências ainda são novas e os acervos começaram a fazer parte desse processo. Essa nova tecnologia, com códigos numéricos, já faz parte do catálogo do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (Macs) e do Museu Marcos Amaro (Fama), em Itu.
E para ver as obras, nem é preciso sair de casa ou ir ao museu. Elas só existem na realidade virtual e estão expostas num mundo infinito de oportunidades chamado metaverso. Esse espaço eletrônico foi comprado pelo colecionador de Itu Marcos Amaro. Ele que adquiriu também as chamadas NFTS (que são espécies de códigos), de 70 obras digitais.
A obra chamada “Mother Flowers” foi doada para o museu. É uma mistura digital feita pelo computador de pinturas físicas usando a tinta nanquin, e fotografias tiradas dentro de um aquário.
O museu tem a exclusividade da obra porque recebeu uma NFT. Em português, NFT quer dizer token não fungível. São códigos numéricos que garantem autenticidade ao produto digital.
“O NFT é uma tecnologia que está surgindo, é uma evolução da internet, que garante uma certa exclusividade para arquivos digitais. Então, o NFT possibilita que um arquivo seja único nessa internet toda”, conta Allan Yzumizawa, curador da exposição.
Outra obra que pode ser apreciada no museu virtual foi doada pela artista carioca Paula klien, que tem NFTS em várias plataformas. A artista tem conexão com a cultura oriental e usa a água na maioria das obras.
Acho que o NFT forçou o setor de arte contemporânea a expandir as suas possibilidades. O NFT chegou invertendo poderes, derrubando barreiras e criando novos estilos, abrindo espaços para novos estilos”, diz a artista.
Por enquanto, o NFT está apenas no acervo interno do Macs. Em breve, ele deve entrar em exposição. “A gente tem agora esse desafio de guardar esse patrimônio e disseminar para a população. E isso já mostra a característica do museu, de estar alinhado a assuntos contemporâneos”, comenta Yzumizawa.
Seria o primeiro passo para que o museu ocupe menos espaço físico e mais espaço na internet? Silvia Macs, presidente do Macs diz que sim. “É uma realidade na sociedade, não só no museu. Mas nós estamos cada vez mais imersos na questão tecnológica, na internet”, afirma.
*Com informações do G1