‘Calado’ reúne crônicas que abordam período que foi um grande divisor de águas para a humanidade, todas escritas pelo biomédico, pesquisador, escritor e educador em saúde, Éric Barioni
Um convite à reflexão sobre o panorama do Brasil durante e após a pandemia da Covid-19. É com este objetivo que o biomédico, pesquisador e educador em saúde Éric Diego Barioni, de Sorocaba (SP), lança o livro “Calado: Crônicas que Necessitam de Mais Uma Voz”.
A obra, destinada a educadores, educandos, profissionais da área da saúde e outras pessoas interessadas no assunto, reúne textos escritos pelo autor e publicados em revistas e jornais entre os anos de 2019 e 2022, período em que a humanidade enfrentou a crise causada pelas guerras e pela pandemia.
O lançamento do livro, que custará R$ 39,90 na versão física, está previsto para o fim de maio.
Ao todo, são 19 crônicas, divididas em dois capítulos intitulados “Educação” e “Educação em Saúde e Toxicologia”, e trazem os pontos de vista do autor sobre diferentes assuntos, além de informações científicas e críticas. Assim, convidam os leitores a debaterem temas como educação, política, fake news, redes sociais, desmatamento, contaminação ambiental, respeito à diversidade, ao meio ambiente e à natureza, saúde mental do homem e da mulher, e a maneira como nos reconhecemos e nos comportamos enquanto sociedade.
Entre os textos, destacam-se “A mina que mata o Brasil”, “A indiferença também mata”, “Vítimas e/ou vilões?”, “Dos desafios da missão que é o educar” e “O poder sobre você e aquilo que atribuímos aos outros”.
“São assuntos que tiveram destaque durante a pandemia e que são tabus em nossa sociedade. O livro explora os temas, permitindo que o leitor possa refletir, com o autor, sobre o que está lendo. Não há nada que seja absoluto e que não possa ser modificado. O livro é um convite à reflexão”, explica o biomédico, de 36 anos.
Experiência própria
Para isso, Éric traz para a obra a sua experiência como pessoa e profissional durante a pandemia.
“Me vi com muito medo de deixar de existir e de não ter mais contato com as pessoas que amo. Além disso, muitas incertezas permearam as minhas atividades profissionais como educador. Foi um momento novo, de total entrega ao ensino pelo ambiente virtual, e foi desafiador para todos e todas.”
Foi justamente durante este período, inclusive, que o pesquisador se descobriu como escritor.
“Me vi mergulhado em textos que me fizeram ver o mundo de maneira muito diferente e melhor do que até então eu via. Me descobri e também descobri um prazer enorme pelo ato de escrever, ou melhor, pelo resultado de ter escrito algo. O processo de escrita é sempre doloroso, mas ter escrito algo e ver o projeto acabado é muito prazeroso. Durante a pandemia, me reconheci como um divulgador de ciência, um explicador, me encontrei como educador”, completa.
Na visão do educador, a escrita de textos é como uma obra de arte, um jogo de palavras e reflexões.
“‘Calado’ é um livro carregado de sentimentos e detalhes. Espero que, além de mim, minha família e amigos, mais pessoas possam encontrar beleza no caos das minhas ideias. É por isso que eu trabalho: pelo nosso mundo real e pela possibilidade de existir e ser nessa vida, cheia de belezas e desafios”, completa.
Sobre o autor
Éric Diego Barioni é biomédico, educador, escritor e pesquisador na Universidade de Sorocaba (Uniso). Concluiu a graduação em biomedicina em 2009 no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), em Itu (SP), e integrou o mestrado e doutorado em ciências entre os anos de 2011 e 2018 no Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP).
Éric também é autor de “O Livro das Intoxicações: Educação para a Prevenção de Acidentes” e de “É Tique ou TOC?”, publicado em 2022, pela editora Ases da Literatura. Além disso, assina a autoria de capítulos de livros, artigos científicos e textos em jornais e revistas.
