Saúde & Bem-estar

17 de maio de 2024

EPIs são essenciais para proteção do trabalhador, mas empresas também devem investir em treinamento.

Engenheiro especialista em Segurança do Trabalho destaca fatores fundamentais para que o ambiente de trabalho seja seguro

A Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 96% dos acidentes de trabalho podem ser evitados e, de acordo com Rodrigo Soravassi, Engenheiro de Segurança do Trabalho, uma das formas de proteger o trabalhador é com o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O especialista destaca ainda que as empresas precisam investir em equipamentos que atendam às normas e oferecer treinamentos para capacitar os trabalhadores a utilizá-los corretamente.

“Por mais que alguns EPIs pareçam simples, como é o caso do calçado e das luvas, existe uma técnica correta para vestir, utilizar e remover o EPIs. Esses detalhes podem ser cruciais para minimizar os riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente em atividades de limpeza, serviços em saúde, trabalho em altura, espaços confinados, soldagem de metais, atividades com energia elétrica e pintura. O treinamento capacita o trabalhador a conhecer os itens, compreender sua funcionalidade e usar forma correta. Além de inspecionar, armazenar e descartar o equipamento de forma adequada”, explica o Engenheiro de Segurança do Trabalho, que atua na Trabt, em Sorocaba.

O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mostra que, de 2012 a 2022, mais de 6,7 milhões de notificações de acidente de trabalho foram registradas no Brasil. Dessas, 20,3% foram cortes, lacerações, feridas, contusões e puncturas. Na sequência estão as fraturas, com 17,6% e, em terceiro, 14,2% são contusões e esmagamentos. Há outros 23 tipos de notificações registradas no país.

Por conta dessa variedade de lesões e especificidades, outro fator a ser considerado, segundo o engenheiro, é a seleção dos equipamentos. Rodrigo destaca que eles devem ser adaptados às necessidades específicas de cada tipo de trabalho e ambiente, para isso as empresas precisam estar alinhadas com a equipe de Saúde e Segurança do Trabalho ou com um representante técnico comercial, antes de investir nos EPI. “É fundamental considerar os riscos ocupacionais, as características físicas dos trabalhadores e as normas regulamentadoras aplicáveis”, ressalta. “Cada Norma Regulamentadora traz exigências específicas para o uso de EPI em diversas atividades, como calor, agentes químicos, entre outros”, conclui o especialista.