Engenheiro especialista em Segurança do Trabalho destaca fatores fundamentais para que o ambiente de trabalho seja seguro
A Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 96% dos acidentes de trabalho podem ser evitados e, de acordo com Rodrigo Soravassi, Engenheiro de Segurança do Trabalho, uma das formas de proteger o trabalhador é com o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O especialista destaca ainda que as empresas precisam investir em equipamentos que atendam às normas e oferecer treinamentos para capacitar os trabalhadores a utilizá-los corretamente.
“Por mais que alguns EPIs pareçam simples, como é o caso do calçado e das luvas, existe uma técnica correta para vestir, utilizar e remover o EPIs. Esses detalhes podem ser cruciais para minimizar os riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente em atividades de limpeza, serviços em saúde, trabalho em altura, espaços confinados, soldagem de metais, atividades com energia elétrica e pintura. O treinamento capacita o trabalhador a conhecer os itens, compreender sua funcionalidade e usar forma correta. Além de inspecionar, armazenar e descartar o equipamento de forma adequada”, explica o Engenheiro de Segurança do Trabalho, que atua na Trabt, em Sorocaba.
O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mostra que, de 2012 a 2022, mais de 6,7 milhões de notificações de acidente de trabalho foram registradas no Brasil. Dessas, 20,3% foram cortes, lacerações, feridas, contusões e puncturas. Na sequência estão as fraturas, com 17,6% e, em terceiro, 14,2% são contusões e esmagamentos. Há outros 23 tipos de notificações registradas no país.
Por conta dessa variedade de lesões e especificidades, outro fator a ser considerado, segundo o engenheiro, é a seleção dos equipamentos. Rodrigo destaca que eles devem ser adaptados às necessidades específicas de cada tipo de trabalho e ambiente, para isso as empresas precisam estar alinhadas com a equipe de Saúde e Segurança do Trabalho ou com um representante técnico comercial, antes de investir nos EPI. “É fundamental considerar os riscos ocupacionais, as características físicas dos trabalhadores e as normas regulamentadoras aplicáveis”, ressalta. “Cada Norma Regulamentadora traz exigências específicas para o uso de EPI em diversas atividades, como calor, agentes químicos, entre outros”, conclui o especialista.