A Reabilitação através de terapias manuais, esportes e dança

A saúde mental é uma esfera que abrange muito mais do que apenas o tratamento farmacológico e os atendimentos clínicos convencionais. Práticas terapêuticas complementares, como terapias manuais, esportes e dança, têm ganhado destaque na reabilitação de pessoas em sofrimento psíquico, oferecendo uma abordagem mais humanizada e inclusiva. Essas atividades são fundamentais para a recuperação e manutenção da saúde mental, pois não apenas tratam os sintomas, mas também fortalecem os laços sociais, promovem o bem-estar físico e melhoram a autoestima.
A entidade Agindo Juntos Geramos+ (AJG+), responsável pela gestão dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) III “Alegria de Viver” e AD III “Roda Viva”, tem adotado essas práticas como ferramentas de reintegração social, apresentando uma alternativa ao modelo excludente e isolador dos antigos manicômios.

Desenvolvimento
As terapias manuais, os esportes e a dança desempenham um papel crucial no processo de reabilitação social das pessoas atendidas pela AJG+. “Essas práticas, oferecidas por meio dos CAPS e utilizando o território de origem da pessoa acompanhada, têm como objetivo combater o isolamento social, promover o convívio em grupo e estimular a autonomia dos participantes”, explica a coordenadora Keren, do CAPS III “Alegria de Viver”.
As terapias manuais, como atividades artesanais, ajudam os pacientes a reconectar-se com o corpo, desenvolvendo habilidades motoras e sensoriais. Essas práticas proporcionam uma sensação de relaxamento e controle sobre o próprio corpo, aliviando tensões e ansiedades, além de estimularem a criatividade. O impacto positivo na autoestima é significativo: ao verem os resultados concretos de seu trabalho, como uma peça de artesanato finalizada, os participantes sentem-se valorizados e produtivos.
Os esportes têm um papel fundamental na promoção da saúde física e emocional. A prática regular de atividades físicas é comprovadamente eficaz na redução do estresse, na melhoria do humor e na promoção do senso de comunidade, uma vez que muitas dessas atividades são realizadas em grupo. Além disso, o esporte estimula a disciplina, a cooperação e o autocuidado, criando rotinas saudáveis e melhorando as funções cognitivas e emocionais.
A dança, por sua vez, é uma forma de expressão que transcende barreiras linguísticas e emocionais, oferecendo uma maneira criativa e livre de comunicação. Dentro dos CAPS, a dança é utilizada como uma ferramenta terapêutica que incentiva a expressão corporal e emocional. Essa prática permite que os participantes explorem suas emoções de forma segura e divertida, ao mesmo tempo que melhora a coordenação, o equilíbrio e a flexibilidade. A dança também promove momentos de socialização e conexão, essenciais para aqueles que enfrentam o risco de isolamento devido aos transtornos mentais.
“Essas práticas oferecidas pela AJG dentro dos CAPS não só trazem benefícios físicos e emocionais, mas também representam uma abordagem mais inclusiva e humanizada”, aponta Keren. Ao contrário dos métodos manicomiais que isolavam e marginalizavam os pacientes, essas atividades focam na inclusão e no fortalecimento de vínculos sociais. Através das terapias manuais, dos esportes e da dança, os indivíduos têm a oportunidade de se expressar, desenvolver suas habilidades e reintegrar-se à sociedade de maneira ativa e produtiva.

Autoestima e Reintegração Social
As terapias manuais, os esportes e a dança se mostram ferramentas poderosas na promoção da saúde mental e no fortalecimento do bem-estar social. As práticas oferecidas pela AJG+ nos CAPS não apenas auxiliam na reabilitação de pessoas com transtornos mentais, mas também contribuem significativamente para sua reintegração social e fortalecimento da autoestima. Ao proporcionar um ambiente acolhedor e inclusivo, essas atividades permitem que os indivíduos recuperem sua autonomia, criem laços afetivos e se reconectem com a comunidade, rompendo o ciclo de isolamento frequentemente associado aos transtornos mentais.
O trabalho da AJG+ demonstra que é possível cuidar da saúde mental de maneira mais humana, oferecendo alternativas eficazes aos métodos excludentes do passado. Ao promover o convívio social e o bem-estar através de atividades físicas, criativas e emocionais, a organização contribui para uma sociedade mais inclusiva, onde cada pessoa pode se sentir valorizada e apoiada em sua jornada de cuidado.
No CAPS III “Alegria de Viver”, a AJG+ já realizou mais de 16.5000 atendimentos mensais, enquanto no CAPS AD III “Roda Viva”, os atendimentos ultrapassam 16.300. Para saber mais sobre o trabalho da AJG, visite o site ajgsorocaba.com.br.