Artigos

8 de dezembro de 2025

Volta às aulas: Investimento em material escolar deve ultrapassar R$ 53 bilhões em 2026.

Lojistas preparam os estoques e abrem novas vagas de trabalho para atender a demanda.

O investimento em itens de material escolar deve ultrapassar R$ 53 bilhões em 2026, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), associadas a uma pesquisa do Instituto Locomotiva.

Segundo o último levantamento do instituto, 2025 deve encerrar com um volume de compras de mais de R$ 51 bilhões no setor de papelaria. Para 2026, a estimativa da ABFIAE é que esse valor aumente entre 3% e 6%.

Para os empresários do ramo de papelaria, a volta às aulas é a época mais importante do ano, precisando, inclusive, de reforços para a equipe. Em Sorocaba, a Papelaria e Livraria Pedagógica abriu 30 novas vagas de trabalho em diversos setores da empresa, para atender a demanda.

“Atendemos mais de 100 escolas de Sorocaba e região, este é o período mais movimentado do ano para nós. Para proporcionar a melhor experiência aos clientes, ampliamos nosso quadro de colaboradores, contratando mais 30 pessoas que estão em fase de treinamento”, conta Nivaldo Madureira, diretor de negócios da Papelaria e Livraria Pedagógica.

Planejamento para economizar

Para a contadora Bruna Segatto, de 34 anos, o planejamento financeiro para essa fase ajuda a controlar as despesas da família. Ela é mãe de dois meninos gêmeos de 11 anos de idade, que vão cursar o 6º ano do Ensino Fundamental em 2026, e costuma renovar a maioria dos itens todos os anos.

“Tentamos reaproveitar o que está em bom estado, mas não sobra quase nada. Então, nós nos planejamos para comprar tanto o material escolar quanto as apostilas do colégio. Calculamos a média de preço que será investido, para não termos surpresas”, afirma Bruna.

Já a administradora de empresas Marina Freitas, de 44 anos, prefere se antecipar para economizar e fugir das aglomerações. “Normalmente, procuramos comprar antes do final do ano para aproveitarmos preços melhores, termos mais disponibilidade de itens e encontrarmos lojas menos lotadas”, explica ela, que tem um filho de 9 anos e uma filha de 6.

Porém, por falta de tempo, a família precisará fazer as compras em janeiro desta vez. Por isso, Marina optou pela praticidade. “Procuro comprar tudo que eu posso em um único local. Assim, escolho tudo de uma vez e resolvo esse assunto mais rapidamente”, conta a administradora, que afirma recorrer às lojas virtuais quando não encontra algum item em lojas físicas.
Para atender a demanda de compras virtuais, Nivaldo Madureira reforçou os estoques da loja, que também conta com um e-commerce que atende em todo o território nacional. “Estamos bastante otimistas para esta temporada. Esperamos um crescimento significativo tanto nas lojas físicas quanto no consumo on-line”, encerra Nivaldo Madureira.