Desde então, o Legislativo tem analisado uma série de queixas para poder encontrar uma saída
Um mês depois da aplicação das provas para concurso público da Câmara de Sorocaba, os candidatos ainda buscam uma resposta. O imbróglio em torno do caso começou no dia 30 de maio, um dia após a realização dos exames, quando o Cruzeiro do Sul publicou reportagem que denunciava suposto crime de plágio nas questões de língua portuguesa. Desde então, o Legislativo tem analisado uma série de queixas para poder encontrar uma saída. Por enquanto, aqueles que participaram do concurso continuam na mesma condição que se encontraram há um mês: às escuras.
À reportagem, a Câmara informou que tem cumprido todos os procedimentos legais para garantir a decisão correta “em respeito à legislação e aos candidatos que prestaram o concurso”. Ainda conforme a Casa, o Instituto Avança São Paulo, banca responsável pelas provas, deve elaborar uma nova resposta para o setor de Licitações até a próxima quinta-feira (7). Somente após o posicionamento da empresa é que o Legislativo poderá externar sua decisão. Já a empresa em questão não respondeu os dois últimos questionamentos enviados pelo jornal.
Nas redes sociais, são páginas e páginas de comentários com centenas de perguntas, mas nenhuma resposta. Alguns candidatos dizem se sentir enganados. Outros acham melhor cancelar o concurso e pedem o dinheiro pago na taxa de inscrição de volta. “Acredito que o certo é ter um novo concurso. Quem se sentir lesado, que tenha o dinheiro devolvido. O interessante seria uma outra empresa melhor preparada para realizar esse novo concurso. Vamos ficar de olho!”, opina um internauta.
Entenda o caso
O concurso público da Câmara, realizado em 29 de maio, teve questões idênticas a uma prova aplicada anteriormente, no dia 8 de maio, em Buriticupu, no Maranhão. Inclusive, o gabarito oficial das provas aplicadas na cidade nordestina foi divulgado 10 dias antes da prova feita em Sorocaba.
No dia 6 de junho, a Mesa Diretora da Câmara recebeu uma primeira recomendação da Comissão do Concurso e suspendeu oficialmente o certame por 15 dias. O objetivo era apurar as denúncias sobre a prova e esclarecer mais pontos sobre a repetição de questões de Língua Portuguesa aplicadas nos exames.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) solicitou, no dia 7 do mês passado, esclarecimentos sobre as denúncias relacionadas ao concurso público. O órgão recebeu 13 representações feitas por candidatos. De acordo com o Legislativo, a resposta foi enviada ao órgão dentro do prazo estipulado. No último dia 21, a suspensão do certame foi prorrogada até a resolução do caso. (Wilma Antunes) (Cruzeiro do Sul)