Bem-Estar

13 de outubro de 2023

Outubro Rosa: Abordagens de tratamento após a queda de cabelo em pacientes submetidos à quimioterapia

A quimioterapia, um dos pilares do tratamento do câncer de mama, pode resultar na queda de cabelo, no entanto, existem soluções disponíveis para enfrentar essa situação

O Outubro Rosa, um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, continua a iluminar o caminho para a conscientização, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da doença. Originado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, o Outubro Rosa é celebrado anualmente com o objetivo de compartilhar informações vitais e aumentar a conscientização sobre o câncer de mama.

O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer em mulheres em todo o mundo, com cerca de 2,3 milhões de novos casos estimados em 2020. No Brasil, a estimativa foi de 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021. É essencial destacar que, apesar dos avanços na detecção e tratamento, o câncer de mama ainda ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil.

Os principais sinais de alerta do câncer de mama incluem a presença de um caroço endurecido na mama, pele avermelhada ou com aparência de casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Dessa forma, é de suma importância estar ciente desses sinais e procurar assistência médica caso surjam.

Além disso, é fundamental abordar uma preocupação comum entre as pacientes que enfrentam o tratamento do câncer de mama: a queda de cabelo. A quimioterapia, um dos tratamentos principais, pode causar a perda de cabelo, mas entender por que isso acontece e como lidar com isso pode ajudar as pacientes a enfrentar esse desafio com mais confiança.

A quimioterapia é projetada para atacar células cancerígenas que se multiplicam rapidamente, mas também afeta células saudáveis, como os folículos capilares. A perda de cabelo pode variar de paciente para paciente, dependendo do tipo de medicamento e da dose utilizada.

É possível encontrar soluções para a perda de cabelo decorrente da quimioterapia? 

Aos 33 anos, a dentista Amanda Esteves estava prestes a se casar quando recebeu o diagnóstico de câncer de mama. “Aos 33 anos, foi uma surpresa, não é? Foi um grande impacto em minha vida. Uma das preocupações que mais me afligia era o fato de que faltava apenas um ano e pouco para o meu casamento, e eu estava prestes a perder todos os meus cabelos”, relata Amanda.

Foi nesse momento que Amanda tomou a decisão de buscar ajuda para recuperar seus cabelos antes de seu casamento. Ela procurou a dermatologista especializada em transplante capilar, Dra. Vanessa Mutton, e deu início ao tratamento. “Procurei a Dra. Vanessa para que pudéssemos fazer um planejamento. Eu ainda estava em meio ao tratamento de quimioterapia, mas considerando que teria apenas um ano até meu casamento, eu precisava agir rapidamente para que meu cabelo estivesse em boa condição. Então, procurei a doutora e fui recebida com o maior cuidado”, relembra.

Dra. Vanessa utilizou procedimentos diversificados no tratamento de Amanda. “Existem medicamentos que podem ser administrados mesmo durante o tratamento de quimioterapia, enquanto outros devem ser evitados. O microagulhamento, que envolve a microinfusão de medicamentos, é altamente eficaz na aceleração do processo de recuperação dos fios. É importante destacar que algumas pacientes que passam por esse desafio podem não estar cientes de que é possível buscar ajuda, mesmo durante o tratamento oncológico.”

Conforme ressalta a Dra. Vanessa Mutton, é surpreendente como muitas pessoas desconhecem a possibilidade de buscar auxílio durante esse período desafiador. “É importante realizar pesquisas e buscar profissionais de saúde bem qualificados que também tenham conhecimento para distinguir quais medicamentos podem ou não ser utilizados em situações como essa,” conclui a dermatologista.

Para além do tratamento capilar, é fundamental destacar a relevância do autoexame e da realização de exames regulares para a prevenção do câncer de mama. Amanda, ao receber o diagnóstico precocemente, conseguiu alcançar a cura graças a essa atitude proativa.