fotografia: @vivienne.bade modelo: @diyanaky
Nomeada, “erroneamente”, psicóloga amorosa das minhas amigas, eu confronto a ideia “moderninha” do difícil como troféu amoroso.
[…] “ele caiu fora porque você mostrou que estava muito afim”, “não mande mensagem”, “não se mostre muito disponível”, “não atenda na primeira ligação”, “diga que esse final de semana não dá”.
Eu contrario o B-A-BA do jogo da sedução e levanto a bandeira do interesse sem muitos rodeios. “Atenda a ligação”, “se está com vontade, mande mensagem”, “se está disponível, sinalize”.
Longe de mim defender a “forçação de barra” como um método para migalhas de amor, mas que grande chatice esse negócio de fazer do amor um tabuleiro.
Acho que está na hora de ressignificar o objeto de desejo. Parar de colocar o difícil nesse pedestal que, para mim, apenas te faz cultuar a Rejeição.
Bonito é o que flui. Lindo mesmo é o dito, o decifrável.
E a chave mestra é simples: o ser humano precisa aprender a se comunicar.
Fazer parte dessa “queda de braço do amor” é com andar em completo descompasso com o que te move,
é como molhar as pontas dos dedos e virar as costas para o mar em pleno verão carioca,
é como ir a um encontro de batom vermelho e não querer borrá-lo.
Essa ideia de que o complicado é loucamente sedutor e de que o não dito precisa ser interpretado, é apenas mais um refúgio para nossa geração covarde e cheia de filtros.
Me desculpem os choaches da sedução, mas mando o meu sincero “chupa” para a cultura do desinteresse.
Bendito seja o fácil.