Depois de mais um grande capítulo em que cada um enfrentou suas batalhas, sejam elas pequenas, médias ou enormes, começamos a contar os dias para uma renovação de ciclo, a famosa “virada do ano”.
Após tantos meses bem desafiadores a milhões de pessoas, a reta final de 2022 serve principalmente como forma de reflexão: olhar para trás, pensar nas feridas que ficaram mais distantes, nas dores não tão bem curadas, nas cicatrizes que passaram a fazer parte de nossos corpos e almas…
Mas é claro, também jamais poderemos esquecer das glórias e alegrias que às vezes vivemos e nos esquecemos tão rapidamente, como se fossem um estalar de dedos. Por que, em muitas ocasiões, fazemos da tristeza um sentimento mais latente do que quando reinam os tempos de felicidade?
Veja, esse ainda não vai ser um texto de despedida de ano, mas quero usá-lo como um início desse processo. Com mais tons de agradecimento do que qualquer outra coisa. Se você costuma acompanhar religiosamente a coluna aqui no Sorocaba.com, devo dizer que este é nosso 13º encontro, por meio das palavras carinhosamente dispostas em um documento em branco. Uma prova de que esse 2022, de maneira geral, até que passou rápido, não é mesmo?!
Minhas primeiras linhas neste espaço vieram no final do mês de maio, mais precisamente no dia 26, quando me apresentei, sobretudo àqueles que ainda não me conheciam muito bem. Em seguida, tentei trazer informações da melhor qualidade sobre vários assuntos envolvendo cirurgia plástica e também, inevitavelmente, alguns pensamentos e observações sobre o dia a dia. É que dentro do profissional, daquele que muitos chamam de doutor, há outro habitante tão vívido e importante quanto: o Marcos Bercial que é pai, marido, cidadão, um ser humano repleto de amor à vida e às pessoas.
Na coluna, tive a oportunidade de destacar o quanto transformar vidas é uma dádiva; abordar os tabus da anestesia; pedir atenção aos que se dizem profissionais por aí; me aproximar de você contando um pouco mais sobre a melhor parte de mim… Vishhh (como diria um bom sorocabano, rs)! Isso só para fazer um resumo bem de bate-pronto sobre a minha própria orquestra que tocou durante esses quase 12 meses completos do ano. Foram tantas emoções que talvez faltariam páginas no livro dessa jornada. Porém, o que é válido mesmo é continuar escrevendo histórias como se não houvesse amanhã, ou até como se as páginas de uma autoestrada pudessem ser infinitas.
Eu sei bem e até já citei um dia desses numa publicação no Instagram: o caminho é longo e não é nada fácil. As dificuldades vêm para testar nossas fortalezas internas. E geralmente são apresentadas pela vida sem placa de “cuidado com o que vem por aí”. Ainda assim, nunca poderia deixar de agradecer as grandes dádivas presentes no roteiro que se desenha diante de meus olhos: minha família, pacientes que confiam em mim, além da saúde e da fé que mantém minha esperança acesa.
É… 2022 está cada vez mais perto de dar adeus. E você, quais lições vai tirar de mais um ano que, em breve, ficará apenas na memória?
Uma coisa é certa: espero que, assim como as boas novas desejadas em um próximo ciclo, possa seguir resgatando sorrisos, proporcionando mais brilho nos olhos e deixando outros caminhos ainda mais especiais a partir da pessoa e do profissional que sou: alguém que se une em uma única figura para tentar possibilitar as melhores transformações de vida.
