Cotidiano

21 de junho de 2022

Ex-miss Gleycy Correia morreu por parada cardiorrespiratória e falta de oxigenação no cérebro causada por hemorragia, diz laudo

Gleycy Correia, de 27 anos, morreu na segunda-feira (20) depois de passar cerca de dois meses internada, em coma, depois de ter complicações após uma cirurgia de amigdalite.

O Instituto Médico Legal de Macaé, no Norte Fluminense, divulgou o laudo com a causa da morte da ex-Miss Brasil Continentes Unidos, Gleycy Correia, de 27 anos. Ela morreu na segunda-feira (20) depois de passar cerca de dois meses internada, em coma, depois de ter complicações após uma cirurgia de amigdalite.

De acordo com o IML, as causas foram pneumonia; encefalopatia anóxica; parada cardiorrespiratória; choque hemorrágico e hemorragia da artéria amigdaliana.

g1 conversou com um médico para entender alguns dos termos e ele explicou que encefalopatia anóxica é quando falta oxigênio para o cérebro por mais de 4 minutos, e causa esta condição.

“Pode ser pelo sangramento excessivo e o quadro de choque. O prontuário médico, com a descrição cirúrgica deve dar mais detalhes do que aconteceu para resultar neste evento. É bem raro”, disse o médico especializado em clínica médica e pediatria, doutor Graccho Alvim.

Família alega negligência

Irmão da miss Gleycy Correia diz que quer Justiça pela irmã

De acordo com Douglas Correia, irmão mais velho de Gleycy, a miss começou a sentir dores por volta do meio-dia, cerca de uma semana após uma cirurgia para tratar de uma amigdalite.

“Ela optou por fazer essa cirurgia da amígdala por conta de uma massinhas brancas que saiam da garganta. Ela fazia aula de canto e vira e mexe estava com a garganta inflamada. A cirurgia foi um sucesso, mas seis dias depois ela começou a sentir muita dor. Ela mandou mensagem pra secretária do médico que fez a cirurgia perguntando se tinha algum remédio mais forte e a secretária que ela deveria procurar diretamente o médico”, disse o irmão.

Douglas contou, ainda, que Gleycy também perguntou à secretária sobre orientações no processo pós-cirúrgico.

“O que eu penso com isso? Minha irmã tava com dificuldade de engolir as coisas. Nem sorvete ela conseguia engolir. E ainda foi perguntar se poderia escovar os dentes. Quer dizer… então nem o acompanhamento pós-operatório teve”.

Gleycy acabou piorando por volta de 1 hora da manhã do mesmo dia em que começou a sentir dores e chegou a vomitar sangue, segundo o irmão. O pai da Miss a levou para uma unidade de saúde e, segundo a família, ela só foi atendida por volta das 4 horas da manhã.

A família fez um registro de ocorrência na delegacia de Macaé alegando negligência médica tanto do médico que realizou a cirurgia quanto da unidade na qual ela deu entrada após passar mal. Ela então ficou internada, em coma, por cerca de dois meses.

corpo de Gleycy é velado e será sepultado na manhã desta terça-feira (21) no Cemitério Memorial, em Macaé.

g1 tenta contato com o médico citado pela família, com a unidade onde a cirurgia foi realizada e com a unidade para onde a família a levou após ter piora no quadro de saúde.

Fonte: Globo.com