A Petrobras anunciou ontem a segunda redução do preço do diesel em uma semana — a segunda também desde a entrada do novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade. A redução de 4% (ou R$ 0,22 por litro) começa a vigorar hoje nas refinarias da empresa, com o diesel passando a ser negociado por R$ 5,19. O preço da gasolina permanece inalterado.
A queda acontece em um momento em que o petróleo volta a subir no mercado internacional, após vários dias em queda, mas se mantém abaixo dos US$ 100 por barril.
Segundo a Petrobras, “essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com os do mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, disse a companhia em nota.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), haveria espaço para uma queda de preços de R$ 0,60, já que o preço médio interno do diesel está 13% acima da média do mercado internacional.
Inflação
A redução anunciada ontem pela Petrobras produz impacto direto sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com corte de 0,01 ponto porcentual, calcula o economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. Luis Menon, da Garde Asset, tem cálculo semelhante: “O diesel tem um impacto mais secundário para a inflação, de alívio de custos. A parte positiva de reduzir o diesel é que, no médio prazo, ajuda as cadeias produtivas. Podemos ter algum alívio dos in natura mais à frente.” (Estadão Conteúdo)