O número de visitantes também surpreendeu a organização do evento, que contou, ainda, com a adoção responsável de gatinhos
Com recorde de felinos inscritos, a Amacoon – Associação Maine Coon no Brasil promoveu, em parceria com a Royal Canin, a terceira edição da Expo Gatos Sorocaba nos dias 25 e 26 de junho, atraindo mais de cinco mil visitantes ao Golden Park Hotel após um longo período sem ser realizado devido à pandemia.
Além das competições entre as raças, o destaque também ficou por conta da adoção de gatinhos.
Ao todo, foram 200 felinos inscritos entre as raças Exótico, Persa, Ragdoll, Maine Coon, Masquerade, Norwegian Forest Cat, Bengal, British Shorthatir, British Longhair, Burmese, Ocicat, Dong Sphynx, Oriental, Peterbald, Siamese, Sphynx e SRD.
Após passarem pelas avaliações dos juízes Hugo Cavalheiro (Brasil), Alexey Shchukin (Holanda), Charles Spijker (Holanda) e Paula Demartini (Argentina), 51 deles foram premiados com troféus.
A categoria “Gato SRD Mais Bonito de Sorocaba”, novidade nesta edição, elegeu o felino Biscoito, que ganhou o título e um ano de ração grátis.
“Estamos muito felizes com o resultado, desde o número de visitantes, até as adoções de felinos da ATAAN (Associação Abrigo Temporário de Animais Necessitados) e, também, pela participação das crianças no Espaço Vet Kids, organizado pela clínica veterinária Du Gato, e pela adesão do público ao Papo de Gato, realizado por especialistas em felinos da Royal Canin”, disse o vice-presidente da Amacoon, Marcelo Pimentel Ravagnani.
Pela terceira vez, a AATAN (Associação Abrigo Temporário de Animais Necessitados) participou do evento com uma feirinha de adoção de felinos e uma lojinha com produtos produzidos pelos voluntários.
De acordo com a tesoureira, Caroline Vitale, foram colocados à disposição 62 gatos e 42 conseguiram um lar repleto de amor.
“A Expo Gatos é uma ocasião muito importante para divulgarmos a Associação e conscientizarmos as pessoas sobre a adoção responsável”, ressaltou Carol.
Ela ainda explica que para adotar, o tutor deve ter a casa ou apartamento telado e as mínimas condições financeiras para manter o animal.
A psicóloga Natalia Campana de Morais foi uma das adotantes. Ou melhor, foi escolhida por uma gatinha de apenas dois meses. “Adotei dois gatos e, quando voltei a morar com meus pais por um período, meu pai se apaixonou e fiquei com dó de tirá-los de lá. Agora estou morando com meu namorado e quero um gatinho de novo”, comentou.
Para ela, um evento como a Expo Gatos só reforça o quanto a espécie merece ser bem cuidada e tratada. “Há vários animais na rua e, mesmo com dó, muita gente não sabe o que fazer, fica com medo de levar no veterinário e descobrir que o felino tem alguma doença. Em uma exposição assim, vemos o cuidado e a qualidade de vida que esses animais têm. Assim, sabemos que podemos oferecer uma qualidade de vida melhor ainda para eles”, finaliza.
A 3ª edição foi, ainda, uma ótima oportunidade para o público conhecer a Ocicat, raça criada nos Estados Unidos e que chegou ao Brasil há pouco tempo.
Daniel Mostacada, criador, esclarece que, apesar da aparência selvagem (os gatos possuem pintas, como a Onça-pintada), os felinos são dóceis e têm comportamento de animal doméstico. “O Cookie e a Clara vieram da Suécia. A fêmea, de 10 meses, chegou ao Brasil ao novembro do ano passado e o macho, de oito meses, em fevereiro de 2022. Eles são o primeiro casal de Ocicats no Brasil, e esse ano teremos a primeira ninhada”, comentou. Mostacada diz estar curioso para ver o resultado da mistura do casal, uma vez que a fêmea tem pelagem mais clara. A expectativa é que os filhotes nasçam entre outubro e novembro.
O casal Vanessa e Flávio Grassi visitou a exposição pela segunda vez e contam que só tinham conhecimento do Ocicat através de revistas e fotos da internet. “É a primeira vez que vemos essa raça frente a frente; e, graças a boa organização do evento, conseguimos ver todas disponíveis”, comentam. Eles também são apaixonados por felinos e possuem quatro gatos SRD’s adotados em casa. “Tenho gato desde que nasci. Minha mãe sempre gostou de felinos e o amor veio desde pequena. Já o Flávio aprendeu a gostar deles comigo”, contou Vanessa.
Outro exemplar raro no Brasil é a raça Neva Masquerade. Há quatro anos, Iemanjá Cristiane Santos cria felinos dessa espécie. “Conheci a raça em Mônaco, em 2018, e me encantei pelo temperamento.
Eles são dóceis, amáveis e equilibrados. É uma raça ótima para companhia de crianças e idosos, pois gostam de passear, são curiosos e aventureiros”, conta.
Um benefício da espécie é que ela é hipoalergênica, e possui uma porcentagem mínima da proteína que fere os humanos. “São escaladores e possuem uma inteligência impressionante. Abrem portas, torneiras, chaves, dão descarga, atendem pelo nome e são ótimos companheiros. Convivem bem com outros animais e pessoas. Ele é o Golden Retriever dos gatos”, acrescenta Iemanjá.