Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
Em 26 de julho, a coluna abordou por aqui a questão do futebolês nas transmissões de futebol. De como as mesmas situações vieram a receber outras denominações no decorrer dos tempos. Algumas, para o bem, e outras para o nada ver, colocadas por treinadores e analistas.
Foi destacado, por exemplo, que expressões como “chega junto”, “marca em cima”, “não dá espaço”, “toca curto”, “retranca”, “de primeira”, inclusive sistemas de jogo, continuam com igual significado, só que vieram a receber todo um tom afetado e arrogância.
Agora o que se ouve, como aqui se destacou, é jogador tridimensional ou híbrido, fluxo de marcação, box to box, paralela cheia, pirâmide invertida, futebol anêmico, plano aéreo, marcação espelhada, linhas altas, linhas baixas, flutuação, jogo posicional…
Isto para chegar em um recente fato no jornalismo da Band, em São Paulo.
Nesta última terça-feira, devidamente autorizado por seus superiores, Eduardo Oinegue, um dos titulares do “Jornal da Band”, se reuniu com alguns editores para uma conversa sobre jornalismo. Os de nariz torcido, claro, preferiram classificar como “aula”.
Mas foi um encontro que o Oinegue promoveu, para colocar sua opinião a respeito de alguns termos usados na TV, que ele entende não precisam ser reforçados ou podem muito bem ser evitados. Usou de exemplos: por que não região dos Jardins, em São Paulo, em vez de “bairro nobre”? Dinheiro é sempre dinheiro. Então pra que falar “dinheiro vivo”. Coisas assim.
Só pediu mais objetividade. A linguagem direta, aquela que o telespectador entende. Nada de firula ou sofisticação. Está errado? Certeza que não.
Intercâmbio
Em uma prática rotineira do jornalismo da Record, a repórter Jessika Cruz (foto), da TV Atalaia, está passando um período em São Paulo e participando de programas, como “Balanço Geral” e “Cidade Alerta”. Olho nela.
E aí?
Por acaso alguém tem notícias da Copa do Brasil, cujos direitos de transmissão só valem até o final deste ano? Até agora, agosto em curso, de oficial não tem nada. A todos passa a impressão de deixar como está pra ver como é que fica.
Fato novo
Tudo caminha para uma renovação automática com a Globo, que sempre se mostrou a mais interessada. No entanto, se existe algo diferente no tabuleiro, é o SBT se mexendo um pouco e querendo assuntar alguma coisa.
Poderosa
A televisão tem o dom de, às vezes, operar alguns milagres. Por exemplo, alguém aparecer ao mesmo tempo em lugares diferentes. No caso, canais. Na terça-feira, lá estava a experiente Selma Egrei, como Norma, na reprise de “Amor Sem Igual”, da Record, e Mariana, em “Pantanal”, da Globo.
No elenco
Eduardo Semerjian também integra o elenco de “Não Foi Minha Culpa”, série que narra histórias de vítimas de feminicídios e violência contra mulheres, já disponível no Star+. No episódio “Joana”, faz o advogado de defesa de dois jovens que assassinam uma garota trans, interpretada por Gabrielle Joie.
(cruzeiro do sul)