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25 de abril de 2023

Fluoxetina: veja como e quando usar esse remédio para ansiedade

O cloridrato de fluoxetina, também conhecido como Prozac, é um antidepressivo que pertence à classe dos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS). Ou seja, ele aumenta a quantidade da serotonina no cérebro, que é um neurotransmissor responsável por regular o comportamento, a atenção, o humor, a memória e o apetite.

Na maioria das vezes, a fluoxetina é recomendada para o tratamento da depressão e ansiedade. Contudo, segundo a Dra. Lívia Beraldo, psiquiatra do Hospital Santa Paula, o medicamento também pode ser utilizado em casos de transtornos de personalidade, estresse pós-traumático, distúrbios alimentares e TOC (transtorno obsessivo-compulsivo).

Dosagem da fluoxetina

A dosagem da fluoxetina deve ser estabelecida de forma individualizada e sempre recomendada por um médico. “Fatores como idade, sexo, intensidade dos sintomas e comorbidades são importantes na decisão”, explica o psiquiatra Dr. José Napoleão Cavalcante.

Benefícios do antidepressivo

Além de controlar os sintomas de diferentes transtornos mentais, a fluoxetina também oferece outros benefícios para a saúde. Segundo o Dr. José Luis Oliveira, psiquiatra da rede Kora Saúde e diretor da APES (Associação Psiquiátrica do Espírito Santo), o uso do medicamento está relacionado a um melhor funcionamento dos sistemas endócrino, gastrointestinal e imunológico.

Efeitos colaterais da fluoxetina

Conforme relata a Dra. Lívia Beraldo, os principais efeitos colaterais da fluoxetina são:

  • Diminuição do apetite;
  • Sonolência;
  • Dor de cabeça;
  • Insônia;
  • Ansiedade;
  • Fraqueza;
  • Náusea;
  • Diarreia.

A médica psiquiatra também alerta que os efeitos colaterais e suas intensidades variam de pessoa para pessoa. Por isso, consultar um médico antes de utilizar essa medicação é muito importante.

Pílulas de remédio formando um rosto triste e outro feliz
A fluoxetina só pode ser utilizada após avaliação médica (Imagem: Lightly Stranded | Shutterstock)

Fluoxetina pode causar dependência?

A Dra. Lívia Beraldo explica que os antidepressivos que atuam sobre a serotonina, como a fluoxetina, ou aqueles que atuam sobre a serotonina e noradrenalina ao mesmo tempo, não apresentam riscos de dependência.

Ainda, o Dr. José Napoleão Cavalcante acrescenta que algumas pessoas manifestam uma síndrome ligada à retirada do medicamento. No caso, “elas têm a impressão de que estão viciadas na medicação por piorarem após a interrupção, mas isso não significa que exista dependência à substância”, esclarece. Dessa maneira, antes de realizar o desmame do medicamento, isto é, parar de utilizá-lo, é importante consultar um médico.

Cuidados com o uso da fluoxetina

Apesar de a fluoxetina ser considerada uma medicação segura e sem riscos de dependência, ainda é necessário tomar alguns cuidados na hora de utilizá-la. “Antes de mais nada, é preciso passar por uma avaliação médica e receber uma prescrição para iniciar o tratamento. Nessa avaliação, o médico deve levar em conta a indicação terapêutica para orientar as necessidades do paciente”, analisa o Dr. José Luis Oliveira. Além disso, a Dra. Lívia Beraldo afirma que é essencial que o paciente use o medicamento conforme a prescrição e não interrompa a utilização sem a devida orientação médica.

Combinação com outros medicamentos

Embora a fluoxetina possa ser combinada com diversos medicamentos, há alguns que devem ser evitados. A Dra. Lívia Beraldo lista os remédios que alteram ou diminuem o efeito do antidepressivo:

  • Diazepam;
  • Lítio;
  • Amitriptilina;
  • Bupropiona;
  • Propranolol;
  • Varfarina;
  • Fenelzina;
  • Isocarboxazida;
  • Tranilcipromina;
  • Ácido acetilsalicílico.

Quem não pode usar a fluoxetina?

Segundo as informações presentes na bula, a fluoxetina é contraindicada para gestantes, lactantes e pessoas que apresentam hipersensibilidade ao princípio ativo do remédio ou a qualquer outro componente de sua fórmula. A Dra. Lívia Beraldo ainda ressalta que é preciso atentar-se ao uso do antidepressivo em casos de doenças cardíacas, glaucoma, diabetes e epilepsia.