Saúde

30 de janeiro de 2024

A saúde mental dos estudantes e a importância dos cuidados na escola

Por Bruno Ribas

Ansiedade, sensações de angústia, tristeza profunda, pânico e depressão deixaram de ser questões que giravam em torno da vida adulta. Há tempos, essas emoções têm aparecido de forma mais intensa no dia a dia de crianças e adolescentes. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 5 indivíduos apresentam problemas relacionados à saúde mental na fase da adolescência. A OMS afirma também que metade das doenças dessa categoria surge aos 14 anos e que parte dos transtornos dessa categoria não são diagnosticados e nem tratados.

A instituição de ensino está numa posição privilegiada para identificar, ouvir e falar sobre o assunto, Por ser um espaço de coletividade por excelência, a escola é um ambiente propício para trabalhar o tema da saúde mental.

É, geralmente, no ambiente escolar que as crianças e jovens costumam dar os principais sinais de problemas de saúde mental. Assim a probabilidade de reconhecer essa problemática e ajudar o grupo de alunos que sofrem é maior.

Cuidar da saúde mental dos estudantes é uma maneira de formar adultos saudáveis.

Gestores, pedagogos e professores devem estar atentos a situações como essas, pois a saúde mental dos estudantes precisa ser um dos principais pontos de atenção para toda a equipe pedagógica da escola. Tornando o ambiente educacional um lugar construtivo, agradável e inclusivo.

Existem alguns sinais que profissionais da educação devem observar e dar atenção como: 

·      mudança repentina de comportamento; 

·      mudança no padrão alimentar; 

·      isolamento dos colegas e dos demais; 

·      mutilação e autolesão; 

·      alteração no sono; 

·      apatia; 

·      queda no rendimento escolar; 

·      agitação fora do comum; 

·      aumento na frequência de faltas; 

·      baixa autoestima. 

De acordo com a OMS, o suicídio é a segunda maior razão de fatalidades entre os jovens, sendo assim, quando há cuidado com a saúde mental nesse ambiente, seguramente, os estudantes são conscientizados e se mobilizam com o assunto, podendo influencia-los a se atentarem aos próprios sentimentos, comportamentos e emoções, podendo solicitar auxílio, buscar por suporte dos profissionais caso seja necessário lidar com a saúde mental e, até mesmo, proporcionar ajuda aos colegas.

Esses problemas podem ter diferentes origens. A própria pressão escolar, combinada com situações da vida pessoal, social e/ou familiar pode levar ao desenvolvimento de alunos deprimidos e ansiosos. Mas, seja qual for a situação, a equipe pedagógica precisa estar preparada para perceber os sinais que a criança ou o adolescente apresenta, e também para orientá-lo para lidar com isso.


O sofrimento mental é um tema urgente e fundamental para a formação dos alunos no futuro. Lidar com o tema nas escolas é desafiador e complexo, mas é necessário trilhar esse caminho e construir um espaço de acolhimento, trocas, reflexões e aprendizagem sobre como podemos cuidar melhor de nós e do outro em nossa sociedade. 

É importante cuidar da saúde mental dos alunos, desenvolvendo espaço compreensível, privilegiado e acolhedor. O cuidado com a saúde mental contribui para que a sociedade seja bem mais justa e comprometida com a responsabilidade.

Bruno Ribas é gestor educacional, comunicador e empresário