Hábito é muito presente no cotidiano, mas pode causar sérios problemas ao organismo
Não é difícil encontrar alguém que tenha uma “minifarmácia” dentro de casa, na bolsa ou na mochila para combater algum tipo de dor. Essa solução, para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer problemas mais sérios do que se imagina.
No dia 20 de janeiro, comemora-se o Dia do Farmacêutico, data que lembra um profissional indispensável para os hospitais e muito atuante na sociedade. Elsa de Morais Batista, farmacêutica do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), orienta sobre a automedicação.
O que é automedicação?
Sabe quando temos aquela dor de cabeça ou resfriado e procuramos algum remédio em casa para solucionar o problema? Isso é a automedicação, ou seja, medicar-se por conta própria sem acompanhamento de um especialista e sem certeza de um diagnóstico.
É comum o brasileiro se automedicar, o que vem preocupando especialistas. Levantamento do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), realizado em 2022, revelou que 89% das pessoas se automedicam no Brasil.
Na farmácia hospitalar, os medicamentos passam por um controle rigoroso antes de chegar nas mãos dos enfermeiros, um trabalho que requer muita atenção para evitar erros. “No Hospital Evangélico de Sorocaba contamos com uma equipe de farmacêuticos que realizam a conciliação medicamentosa dos pacientes internados, orientando sobre os riscos da automedicação e, principalmente, garantindo o uso racional de medicamentos durante o período de internação”, comenta Elsa.
Quais são os principais problemas?
A principal consequência da automedicação são as intoxicações medicamentosas. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os remédios lideram o ranking de intoxicações no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, cosméticos e inseticidas. Só em 2021, foram registrados 91.883 casos desse problema. Os dados fazem parte do 1º Boletim Informativo sobre Monitoramento Pós-Mercado de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária desse ano.
“A maioria dos medicamentos pode causar efeitos colaterais e, quando ingerido de forma incorreta, pode causar mais malefícios que benefícios ao organismo, como interações medicamentosas, reações alérgicas, resistência a antimicrobianos e até mesmo mascarar o diagnóstico correto de algumas doenças”, diz.
Os medicamentos são produtos usados para tratar, prevenir, curar doenças ou aliviar seus sintomas. Para conseguir o efeito desejado, eles devem ser armazenados e utilizados de forma correta, com orientação médica ou farmacêutica. A especialista do HES também comenta que não devemos ingerir remédios que sobram de tratamentos.
“Muitas vezes, apresentamos sintomas parecidos, mas que se referem a condições totalmente diferentes. Sendo assim, ao utilizar as sobras, ficamos expostos aos riscos da automedicação elencados acima”, explica.
Sobre o Hospital Evangélico de Sorocaba
O Hospital Evangélico de Sorocaba tem 88 anos de história, tradição e credibilidade e conta com Pronto Atendimento Adulto ágil em várias áreas, inclusive ortopedia e oncologia. Possui ambulatório médico em diversas especialidades, centros cirúrgicos e unidade de terapia intensiva (UTI). Com o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), o Hospital Evangélico compõe o hub de serviços em saúde da Hospital Care para Sorocaba e região.