Os Estados Unidos registraram os primeiros casos de varíola dos macacos em crianças. A informação foi dada pela diretora do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Rochelle Walensky, em entrevista ao jornal Washington Post, na sexta-feira (22). São duas crianças infectadas, sendo que uma delas ainda é uma criança de colo, em casos não relacionados.
De acordo com o CDC, a contaminação ocorreu dentro de casa, mas as autoridades ainda estão apurando como isso ocorreu. Uma das crianças não mora nos Estados Unidos. Ela e os pais estavam em viagem pela capital Washington. Já a criança de colo mora na Califórnia. As crianças, acrescentou a diretora do CDC ao Washington Post, passam bem e estão sendo submetidas ao tratamento antiviral.
Nos dois casos as crianças tiveram contato com homens da comunidade gay. Esse grupo é o mais afetado pela varíola dos macacos e a maior causa de preocupação das organizações de saúde. Inclusive, uma das preocupações da Organização Mundial de Saúde (OMS) é com o estigma que a doença pode provocar em homossexuais do sexo masculino. A entidade, inclusive, já tem pedido ajuda de organizações da sociedade civil, incluindo aquelas com experiência no trabalho com pessoas HIV positivo, para combater a discriminação.
OMS
Com 16 mil casos em 75 países, o surto de varíola dos macacos está se espalhando rapidamente pelo mundo, diz relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) divulgado ontem (25). A OMS declarou neste fim de semana a doença como uma emergência global de saúde pública.
Para o WEF, a declaração da OMS sinaliza claramente a necessidade de uma resposta internacional coordenada, o investimento oportuno de recursos significativos e a intensificação da colaboração transfronteiriça em termos de vacinas, tratamentos e outros recursos essenciais para controlar e combater esse surto emergente. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)