Agaquê

29 de novembro de 2022

HQ: Uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações

“Rogério de Campos entende do assunto. Um sommelier, mas no sentido etimológico da palavra – aquele que transporta o vinho (em bêtes de somme) para os castelos, e também o prova. Porque é o que ele é, um trabalhador e um provador, que constrói incansavelmente essa nossa história: quadrinho por quadrinho, num desenho mágico.”
– Laerte

Esqueça tudo o que você acha que sabe sobre quadrinhos. “HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações”, de Rogério de Campos, apresenta uma “pequena, subjetiva, incompleta história” do que se convencionou chamar “a nona arte”.

Partindo das origens orientais com os bophas, sacerdotes contadores de histórias que circulavam pela Índia desde o Século V (os mesmos que, de quebra, também inventaram o cinema), passando pelas técnicas pioneiras de impressão e produção de papel dos chineses até as criações de um certo professor suíço, Rodolphe Töpffer, o livro narra as as invenções e reinvenções que marcaram o desenvolvimento da linguagem dos quadrinhos.

Até chegar a marcos do Século XX, como a ascensão e queda dos super-heróis (e a forma como as grandes editoras norte-americanas se aproveitaram da censura para voltar ao topo do mercado), a geração gekigá de Tatsumi e Tsuge, que inspirou os jovens japoneses a tomarem as ruas, o escandaloso affair da Valentina de Crepax com Leon Trótski. Além do assassinato precoce dos quadrinhos eróticos brasileiros pelas mãos da ditadura militar.

Uma coedição da Veneta com o Sesc, “HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações” é um passeio deliciosamente subversivo pelos tantos cenários, nomes e situações que construíram essa história, em todas as suas versões e narrativas. Um livro capaz de surpreender tanto os iniciados quanto aqueles que nunca leram um gibi. Afinal, como dizia Harvey Pekar, “Quadrinhos são palavras e imagens. Você pode fazer qualquer coisa com palavras e imagens”.

Paulo Lisboa

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Sou pesquisador, leitor e trabalho com quadrinhos desde 2008. Editei e diagramei mais de 50 títulos como freelancer para editoras nacionais, entre eles The Walking Dead / Os Mortos-Vivos, Spawn, Concreto, The Rocketeer, entre outros.

Em 2015 junto com alguns amigos, lançamos a Editora EDDA e publicamos “Biosfera Poética” e “Mishto” e participamos das principais feiras do meio como FIQ em Belo Horizonte-MG, Comic Expo em Santos-SP e Ilustradoria em Sorocaba-SP.

Fui palestrante no 1 CONAHQ – Congresso Nacional de Histórias em Quadrinhos (2016 – Recife-PE) com o tema “Nos Bastidores de uma HQ e para a Universidade Belas Artes (2020 – Sorocaba-SP) com o tema “Bastidores da diagramação de quadrinhos”.

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