Marketing Lúdico

4 de dezembro de 2025

Panorama das IAs para 2026: o que esperar (e como não ficar para trás)

Panorama das IAs para 2026

Texto extraído do meu perfil do LinkedIn

2026 está logo ali – e quando o assunto é Inteligência Artificial, dois anos equivalem a algo como “três gerações” em tecnologia. Afinal, o que vivemos entre 2022 e 2024 já foi considerado por pesquisadores do MIT e pelo relatório AI Index da Universidade de Stanford como “o salto mais rápido de adoção tecnológica da história”. E isso não desacelerou. Pelo contrário: estamos entrando na fase em que IA deixa de ser novidade para virar infraestrutura invisível, tão essencial quanto energia elétrica.

Por isso, como alguém que vive o dia a dia na busca pelo branding de sucesso e, nos últimos meses, sua relação direta com a IA generativa, resolvi montar um panorama claro e direto do que devemos esperar até 2026 — sem alarmismo, sem buzzwords vazias e sem aquele papo óbvio de “vai mudar tudo”.

E já adianto: A IA não vai roubar seu trabalho amanhã. Porém, vai redesenhar silenciosamente a forma como percebemos marcas, buscamos informações e tomamos decisões. Neste texto, quero te conduzir por esse futuro próximo com a precisão de um especialista, mas com a leveza de alguém que ama traduzir complexidade em clareza.

IA em 2026 dados

1 | 2026 será o ano da IA com senso de contexto contínuo

Se 2023 foi o ano dos “modelos que respondem perguntas” e 2024 o ano dos “modelos que lembram coisas”, 2026 será o ano da IA com contexto persistente. Aliás, Gartner já sinaliza em seus relatórios de tendências que sistemas generativos devem migrar para interações de longo prazo — IAs que entendem seus hábitos, preferências, histórico e estilo de trabalho. Então, pense assim:

Hoje, a IA responde.  Em 2026, a IA acompanha.

E quando digo que ela acompanha, significa que cria recomendações mais precisas, mais úteis e mais influentes. Ou seja, para marcas, isso significa uma disputa silenciosa pelo “espaço de atenção” nos modelos generativos. E sim, isso vai redefinir setores inteiros — de saúde à educação, de varejo ao marketing.

2 | IAs para 2026: Search será maior que Google Search em certas categorias

Essa talvez seja uma das projeções mais ousadas que faço — mas não estou sozinho.
Afinal, consultorias como McKinsey já apontam que interfaces conversacionais substituirão interações tradicionais em até 20% das jornadas digitais até 2026. Ou seja:
Não vamos “buscar”. Vamos perguntar.
Não vamos “clicar”. Vamos receber.

A experiência muda radicalmente em ocasiões como:

– Consultas comparativas (ex: “qual celular comprar?”) migrarão para IA;

– Dúvidas do dia a dia (“como faço X?”) migrarão para IA;

– Recomendações (“qual empresa faz Y?”) serão dominadas pelas IAs;

– Por fim, o planejamento (“crie meu roteiro”, “monte meu plano”) será IA-first.

Em resumo, o Google não vai desaparecer — mas vai dividir espaço com assistentes generativos que atuam como curadores personalizados de informação. E para negócios, isso significa uma coisa: quem não aparecer nas respostas das IAs vai desaparecer da internet.

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Panorama das IAs para 2026 (2)

3 | A palavra-chave de 2026: “entidades”, não “palavras-chave”

Para quem é do mundo do SEO, essa é a virada mais profunda desde o algoritmo Panda.
Isso porque os modelos generativos trabalham com relações semânticas, não com termos isolados. O relatório do Stanford AI Index reforça isso: IAs generativas priorizam estrutura, coerência e confiabilidade, não volume de conteúdo. Então em 2026, empresas vão precisar de:

– Posicionamento de marca estruturado;

– Presença informacional limpa;

– Coerência narrativa entre plataformas e, principalmente,

– Autoridade construída por reputação. Em outras palavras: o branding volta a ser a base de tudo — até da forma como algoritmos entendem sua empresa.

4 |  IAs para 2026 : o ano do “IA Composta” (IA + IA + IA)

Você vai usar uma IA para gerar rascunhos, outra para revisar, outra para testar, outra para organizar informações.  E, segundo previsões de grupos do MIT CSAIL, veremos IA conversando com IA para executar tarefas complexas.

Em síntese, é como se cada profissional tivesse um “ecossistema pessoal de assistentes”.
Empresas que estruturarem fluxos de trabalho baseado em IAs interoperáveis terão um salto gigantesco de produtividade — e não estou exagerando.

5 | Profissões inéditas ganharão destaque (e formarão um novo mercado)

Essa parte me empolga, porque já estou presenciando isso no mundo real. Até 2026, veremos funções como:

Especialista em GEO (otimização para IA Search);

Arquiteto de conteúdo híbrido (Google + IA);

– Engenheiro de entidades e semântica corporativa;

– Analista de presença em IA generativa;

– Designer de identidade algorítmica (branding pensado para leitura por IA)

Pode parecer distante, mas não é. Aliás, há empresas que já começaram a procurar por esses perfis — especialmente as que querem se posicionar bem nas respostas de IA.

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6 | A batalha pela credibilidade será o novo marketing

A MIT Technology Review publicou uma análise sobre “confiança algorítmica”: IAs priorizam fontes que demonstram consistência e confiabilidade ao longo do tempo. Sendo assim, isso redefine o jogo. Ou seja, não adianta ter “muitos conteúdos”, mas sim “conteúdos que parecem confiáveis para máquinas”.

Então, para 2026, as empresas precisarão ter coerência editorial; diversificar formatos (texto, dados estruturados, FAQs), reduzir ruídos (informações desencontradas em redes e sites) e – atenção! – fortalecer reputação digital real (avaliações, menções, parcerias).

Em outras palavras, Branding + SEO + IA será um tripé inseparável.

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7 | A IA vai se tornar menos “polida” e mais “humana”

Por fim, a minha última previsão aponta que as IAs de 2026 serão menos robóticas e mais adaptáveis. Entretanto, isso não significa “consciência”, mas sim nuances. Isso porque os modelos devem ganhar contextos como: a capacidade de entender ironia, leitura de micro contextos, adaptação ao estilo pessoal e compreensão mais precisa de intenção.
Na prática, isso vai tornar a experiência muito mais fluida — e muito mais parecida com conversar com um profissional de verdade.

Conclusão — 2026 será o ano da maturidade da IA

Ao que tudo indica, as IAs para 2026 deixarão de ser ferramenta e se tornarão um tecido do cotidiano digital.  E nós teremos duas escolhas: ou construímos marcas prontas para serem compreendidas por máquinas ou viramos ruído na era da curadoria algorítmica.

Por isso, se eu puder deixar um conselho final como fundador da Ludy.Co seria:
O futuro não é para quem sabe tudo sobre IA, mas para quem sabe alinhar identidade, dados e mensagem em um mundo que agora pensa com algoritmos.

E pode apostar: se 2024 foi surpreendente e 2025 as IAs se consolidaram, espere só até 2026. O jogo está só começando.

Daniel Domingues

Administrador e especialista em descomplicar o marketing.