@tutehumor
Já vivemos treze dias deste ano impoetante.
Nunca a frase no pretérito de Belchior fez tanto sentido e foi tão sentido. Presente.
“Ano passado (quase) morri, mas, este ano não morro”!
Terminamos nosso último ano sentindo as tripas, vísceras e falta de ar.
Sobrevivemos.
Cá estamos.
Do lado esquerdo do peito nosso coração ainda pulsa.
Repulsa!
Aos poucos nosso Brasil varonil vai tomando novas formas, reformas. Resplandece.
Inícios de ciclos são momentos propícios em que supostamente vamos checando nossas promessas, metas, projeções, tantas ações sonhadas, pretendidas, queridas…
Olhamos para cada passo.
Vamos prestando atenção no compasso.
Temos um longa-metragem para escrevermos. Não acham?
Hoje, pensei em trazer verdades para este texto. Mas, sou cônscia que não as tenho. Muito menos fui possuída por elas.
Trago palavras!
Creio que provocações.
Esta, me acertou em cheio, bem no meio do peito, minutos após as primeiras badaladas da meia noite da Virada. Do arrancar da última folhinha do nosso calendário.
Ela chegou na lata.
R e s p o n s a b i l i d a d e.
Palavra ousada!
Chega com a cara lavada.
Enfia o dedo na cara.
Mas, o que seria essa tal responsabilidade?
É assinar embaixo, é tomar pra si, é vestir a camisa de cada ação e reação, a falta dela, também!
É fazer com, ter alguém junto, talvez um mundo esperando.
É saber que o filho é seu, é assumir e não sumir. É fazer sozinho. É sustentar o que vem depois.
Winnicott (tenho apresentado a vocês em doses homeopáticas) entende que alcançar a responsabilidade (culpa ou senso moral) no amadurecimento é um momento extremamente delicado do desenvolvimento pessoal, porque é nessa fase que o bebê apercebe-se da pessoalidade dos seus impulsos e, compreende que a mãe é uma pessoa como ele.
352 possibilidades e escolhas estão aí.
Sobre o que fazermos, com quem fazermos, como fazermos, onde e aonde fazermos.
Façamos nosso 2023!
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Obs: Os efeitos deste texto são de sua (e nossa) responsabilidade.