Nem o canabidiol (CBD) nem o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) são novas descobertas – eles foram isolados pela primeira vez de plantas de cannabis por cientistas no início da década de 1940.
À medida que o uso legal de cânhamo e outros produtos de cannabis cresce, os consumidores estão ficando mais curiosos sobre suas opções. Isso inclui o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), dois compostos naturais encontrados em plantas do gênero Cannabis, dentre outros 150 fitocanabinóides já descobertos.
O CBD pode ser extraído do cânhamo ou da cannabis que, por sua vez, vêm da planta Cannabis sativa. O cânhamo legal deve conter 0,3% de THC ou menos. O CBD é vendido na forma de géis, gomas, óleos, extratos, cremes e supositórios.
Já o THC, principal composto psicoativo da cannabis que produz a sensação de “chapação”, está disponível em óleos, comestíveis, tinturas, cápsulas e inalatórios. Ambos os compostos interagem com o sistema endocanabinóide do seu corpo, mas têm efeitos muito diferentes.
Propriedades psicoativas
O THC é o composto mais comumente associado a efeitos psicoativos, enquanto o CBD não. No entanto, esse entendimento é um grande equívoco, o CBD ainda é psicoativo, o que significa que afeta a mente – apenas não é intoxicante e não prejudica a função.
A “chapação” do THC vem de sua ligação com os receptores CB1. Como o CBD não se liga aos receptores CB1 ou CB2 como o THC, ele não produz o mesmo efeito intoxicante.
No entanto, quando o CBD e o THC são consumidos juntos, o CBD se liga aos receptores e impede que o THC se ligue a eles, mitigando alguns dos efeitos sentidos pelo THC.
CBD vs. THC: efeitos colaterais
O CBD é bem tolerado, mesmo em grandes doses. Já o THC causa efeitos colaterais temporários, como:
• aumento da frequência cardíaca
• problemas de coordenação
• boca seca
• olhos vermelhos
• tempos de reação mais lentos
• perda de memória
• ansiedade
Os efeitos colaterais do CBD podem incluir:
• alterações do apetite
• fadiga
• perda de peso
• tontura
• diarreia
Esses efeitos colaterais fazem parte das propriedades psicoativas do composto, e acontecem tanto no uso medicinal, como recreativo, pois tudo depende da quantidade de canabinoides.
Entretanto, no uso medicinal o médico especialista avalia caso a caso, de forma a prescrever quantidades seguras, acompanhar todas as etapas do tratamento e assim amenizar os possíveis efeitos colaterais.
Tanto o CBD como o THC possuem benefícios médicos, e ambos também são considerados seguros, mas considere a possibilidade de efeitos colaterais e interações com outros medicamentos que você está tomando.
Por conta disso, converse com seu médico ou um clínico qualificado em terapias à base de cannabis para tirar suas dúvidas antes de iniciar o tratamento.