Agaquê

6 de julho de 2022

Degenerado

Inspirado em eventos reais, Degenerado, de Chloé Cruchaudet, é a história surpreendente de Louise e de seu marido, que se amaram e se separaram na Paris dos loucos anos 1910.

Paul e Louise se conhecem, se apaixonam e logo se casam. Paul está servindo o exército, quando a Primeira Guerra Mundial estoura e os separa. Ele quer escapar do inferno das trincheiras a todo custo e acaba se tornando um desertor, reencontrando Louise em Paris. Ele está são e salvo, mas condenado a permanecer escondido em um quarto de hotel.

Para dar fim a sua clandestinidade, Paul imagina uma solução: mudar de identidade. A partir de agora ele se chamará Suzanne.

Ao longo da narrativa são abordados temas importantes, como os traumas da guerra, o desejo de liberdade, as questões de gênero, relacionamentos abusivos, machismo, misoginia e entre outros. Todos eles são retratados por Chloé Cruchaudet com muita sensibilidade e profundidade, a fim de reconstituir a vida de Paul Grappe e Louise Land.

Em entrevista ao jornal Zero Hora, Chloé explicou que tentou se colocar no lugar dos personagens para retratar como o disfarce de Paul transformou sua personalidade de forma duradoura.

“No ensaio dos historiadores, há áreas cinzentas para as quais ofereci uma interpretação pessoal e não me censurei para mostrar a complexidade, o lado cru, para tentar ir além da história ‘engraçada’ de um homem que se disfarça de mulher”, contou Chloé.

Degenerado é baseada no livro La Garçonne et l’assassin, de Fabrice Virgili e Danièle Voldman, publicado em 2011 pela editora Payot.

Prêmio da edição 2014 do Festival de Angoulême na categoria Melhor Álbum

Grande Prêmio da Associação de Críticos e Jornalistas de Quadrinhos francesa, em 2013

SOBRE A AUTORA:
Chloé Cruchaudet estudou arquitetura e artes gráficas em Lyon e frequentou a escola de animação Gobelins. Isso fez com que ela desenvolvesse seu gosto pelo desenho in loco e trouxe uma abordagem cinematográfica para seu trabalho. Sua produção é inspirada em livros históricos ou autobiografias. Apaixonada por estudos sociológicos e testemunhos históricos, seu álbum de estreia recebeu o prestigioso Prix René Goscinny em 2008.

Paulo Lisboa

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Sou pesquisador, leitor e trabalho com quadrinhos desde 2008. Editei e diagramei mais de 50 títulos como freelancer para editoras nacionais, entre eles The Walking Dead / Os Mortos-Vivos, Spawn, Concreto, The Rocketeer, entre outros.

Em 2015 junto com alguns amigos, lançamos a Editora EDDA e publicamos “Biosfera Poética” e “Mishto” e participamos das principais feiras do meio como FIQ em Belo Horizonte-MG, Comic Expo em Santos-SP e Ilustradoria em Sorocaba-SP.

Fui palestrante no 1 CONAHQ – Congresso Nacional de Histórias em Quadrinhos (2016 – Recife-PE) com o tema “Nos Bastidores de uma HQ e para a Universidade Belas Artes (2020 – Sorocaba-SP) com o tema “Bastidores da diagramação de quadrinhos”.

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