Quais as bagagens que cabem em nós?
Algum dia já se perguntou o que você realmente carrega?
Existem aqueles que carregam pesos. Ah! Como doem os ombros em casos assim.
Mas se você carrega desaforos, seu estômago pode querer “coachar”: não se pode engolir sapos – eles incham até explodir. E coitado do estômago que serve de habitat para estes tais desaforos.
Sem falar naqueles que carregam raiva: talvez sejam uma metamorfose dos sapos que resolvem migrar para o fígado, tornando os humores e rumores biliosos, quiçá belicosos.
Até achei bonitinhas, as duas palavras semelhantes.
Voltando então para as bagagens, lembro-me de certa vez carregar um pote cheio de raiva, sentir-me injustiçada e passada para trás.
Acho até que o termo raiva não faz jus ao que senti: talvez ira seja mais adequado.
O resultado? Seis horas depois me encontrava no hospital: para uma cirurgia de urgência, em decorrência de um cisto que rompeu.
Depois disso jurei para mim mesma nunca mais carregar tais potes, e acreditem: consegui!
Quem já lutou contra uma respiração ofegante? Parece que o ar não entra de forma suficiente, pois a amargura pesa e dificulta o respirar.
E por falar em respiração, você sente que às vezes ela fica suspensa e paralisada, por conta do medo de algo no seu futuro?
Se associada ao medo, a insegurança fica como companheira: assim é provável que o medo se aloje nos rins, impedindo-os de filtrar as emoções, retendo as excreções.
Pronto, veja a correlação: o medo do futuro nos impede de prosseguir, como se existissem obstáculos e pedras no caminho, ou, nesse caso: nos rins.
E sobre o pote vazio… então certamente estão pensando, agora sim não tem peso. Engano! O vazio pelo receio da perda, aperta o peito e o coração vai reclamar!
O QUE SE LEVA DA VIDA, É A VIDA QUE SE LEVA!