AFETadOS

1 de fevereiro de 2023

Vai uma dose?

@youvalrob

Já estava na terceira cachaça.
Dentre idas e vindas, rumores e tremores, lá estava ele. Inconformado.
Rechaçado, mas, procurado.
Desejado, mas pouco amparado.
Acolhê-lo e respeitá-lo seria uma condição sine qua mon para que continuasse sua longa caminhada e pudesse transcender em paz.
*
O amor constitui um tema bastante instigante, inesgotável, enaltecido e celebrado por filósofos, poetas, músicos, dançarinos, desde a Antiguidade.
O mestre vienense o coloca como um princípio hedonista, no qual emerge através de uma sensação prazerosa, mais tarde, contrapõe Eros, ou pulsão de vida – gênesis que agrega e produz as formas vivas.
Dentro desta concepção de mundo, o amor, em todas as suas tonalidades – mais ou menos erotizadas – sobrevive.
Winnicott, traz o amor como uma capacidade, e que durante a vida e em nossos relacionamentos, as combinamos em sua potência sexual, sentimentos afetuosos, intimidade e a responsabilidade. Dimensões estas, que nem sempre estão tão desenvolvidas e amadurecidas, tampouco integradas.
Ou seja, o amor é assunto de Divã!
Mas, precisaríamos de doses mais elaboradas, pois como escreveu Gonzaguinha e cantou Alcione, “Mesa de bar é onde se toma um porre de liberdade e os companheiros estão em pleno exercício de democracia”
Nos vemos nos próximos Textos!
Vai uma dose?

Angélica Fontes

Psicanalista Winnicottiana, Educadora e Professora de Psicanálise e aprendiz de Psicologia.