Eu gosto mesmo de quando me contam coisas importantes, aquelas que podem mudar o mundo.
Quando me falam de como foi o dia. Se sorriu ao ver uma criança no parque ou se a brisa que bateu no seu rosto estava quente.
Se a tarde tinha cheiro de bolinho de chuva com café, regado a prosa de mãe preocupada.
Me importo mesmo é com seus planos.
Da rede que quer comprar para pôr na varanda só para ver aquele pôr do sol que ainda não viu.
Daquela vontade que você tem de ver o mundo e trombar com o festival das cores, lá na Índia, ao som daquela música do Coldplay, enquanto planeja a próxima parada no ar caoticamente livre de Amsterdam.
Adoro saber sobre um amor piegas, aqueles que te pegam desprevenidos, sabe.
Como daquela vez que você subiu no ônibus que cruzava a Ipiranga com a Avenida São João, e suspirando pelo som de Tom, viu sua musa voltando para casa depois de um dia exaustivo de trabalho.
E você se imaginou ao lado dela, assistindo série e comendo miojo porque estavam cansados demais para cozinhar algo melhor.
Me conta se o amor prevaleceu.
Se a rosa que você ganhou não murchou.
Me fala do seu dia. De tudo que deu certo e do que ainda pode dar.
Foto de Caique Nascimento na Unsplash