Disciplina. Quantas vezes temos ouvido essa palavra? Virou uma espécie de mantra hoje em dia, não é mesmo? Ouso dizer que, entre tantas dádivas, essa é uma das que nos leva mais longe e nos proporciona uma evolução gigantesca.
Curiosamente, a palavra vem do latim, com o seguinte significado: “educação que um discípulo recebia de seu mestre”. A origem, no caso, é de outro termo, discipulus, ou seja, “aquele que aprende”.
Na maioria das vezes, somos realmente discípulos, pois nos inspiramos em pessoas que nos servem de grande espelho. Em outras, precisamos ser nossos próprios mestres. Até porque, depois da inspiração, só nós poderemos ser capazes de nos manter alinhados com um objetivo.
Por que estou falando disso no texto de hoje? Virei a chave da disciplina em um aspecto importante da minha vida: a saúde. Irônico, né? Pois é… Às vezes, a expressão “casa de ferreiro, espeto de pau” define exatamente nossos caminhos. Eu, um agente do cuidado com a saúde daqueles que depositam confiança no meu trabalho, nem sempre vinha olhando para dentro.
Até que uma chave virou no meu interior. Há seis meses decidi que sim, iria passar a me valorizar mais por meio da atividade física. E aqui, vale dizer, a partir do aval de um profissional capacitado, tudo que representar movimento pode transformar demais nossos dias. Desde uma caminhada até um treino mais forte, o que estiver ao seu alcance é a garantia de uma mudança extraordinária.
Se já acordava cedo normalmente, por volta das cinco e pouquinho da manhã, de uns tempos para cá tenho levantado ainda antes com o intuito de fazer meus treinos pré-trabalho.
E apesar de não ser fácil, vale a pena demais. Voltar a sentir a endorfina sendo liberada é algo indescritível, sobretudo a alguém que sempre gostou de mexer o corpo e teve interesse pelo universo da atividade física. Fiz até um curso de fisiologia de esportes em Moscou, na Rússia, sabia disso?!
O problema é que vinha mantendo essa chama um pouco apagada diante da correria da vida. Ainda bem, porém, que nunca é tarde para fazer novas (velhas) escolhas. Já me sinto melhor física e mentalmente para operar, por exemplo. Antes, com a carga alta de cirurgias, os ombros e quadril chegavam a doer. Esses incômodos, felizmente, viraram passado.
E mais: é revigorante cuidar de mim e me sentir ainda melhor para cuidar das pessoas. O melhor de tudo, inclusive, é que minha filha seguirá meus passos, estudando medicina, e se eu estiver bem de saúde poderei acompanhar ainda mais de perto esse caminho próspero que ela deve trilhar.
Então, não posso deixar de exaltar a importância da disciplina, reforçando que, se você a alcançar, seja qual for a esfera de vida, tudo só tende a melhorar. O caminho, percebo, fica mais leve e bonito.
