Sim, eu quis começar o texto dessa semana com uma frase pra polemizar!
Eu ouvi essa frase algumas vezes nas sessões de psicoterapia (que, diga-se de passagem, é a melhor coisa que já fiz por mim nessa vida) e só quando a terapeuta a completava é que meu coração ficava mais tranquilo.
Não é o divórcio que entristece os filhos, é a tristeza dos pais!
O que acontece é que geralmente um dos lados não está contente com a decisão do divórcio, um dos lados geralmente está triste e o que acaba reverberando em todos da família é essa tristeza geral. No MUNDO IDEAL os adultos assumem papéis de adultos (o que deveria ser sinônimo de maduros) e não transfere para as crianças as suas frustrações e angústias. Quando o casal parental (pai e mãe – de forma heteronormativa só pra ilustrar) compreende que deixarão de ser marido e mulher mas jamais deixarão de ser os pais daqueles seres, conseguem separar “o joio do trigo” e permitir que as crianças fiquem bem!
Você pode seguir num casamento falido querendo evitar o sofrimento dos filhos mas infelizmente tenho que te dizer que eles sentirão sua tristeza e ficarão tristes da mesma forma. A outra opção é ter um acordo maduro e encerrar o laço matrimonial desejando o bem do outro e DIVIDINDO AS RESPONSABILIDADES.
Aqui a guarda é compartilhada e eu acho que não deveria ser diferente!
Nós somos responsáveis igualmente por essa cria, da mesma forma que eu tenho que me atentar aos deveres escolares, às roupas que encurtaram, à ida ao dentista ou pediatra, à vacinação… o pai também tem! Graças às Deusas o pai aqui não é só genitor, é PAI mesmo e assume metade de tudo! Do corte de cabelo à escolha da nova escola e despesas, tudo tudo tudo é meio a meio! Isso me permite crescer profissionalmente tanto quanto ele. Nós optamos por ser assim, sem pensão alimentícia, simplesmente tudo dividido e funciona muito bem.
No início, quando as crianças sentiam a tristeza dos pais pela separação, rolava muita conversa e choro. Hoje, 3 anos depois, eles amam ter duas casas, duas festas de aniversário, duas viagens de férias, uma madrasta e um padrasto “massas”!
A relação dos pais é estritamente sobre assuntos relacionados aos filhos e fazemos um esforço imenso para não criticar as condutas um do outro (respeitando as nossas diferenças) e evitando brigas. Mas repito: adultos precisam agir como adultos! Maturidade é conquistável, é uma escolha diária.
Nunca, jamais, coloque seu filho contra o pai/mãe dele. Sua intenção é atingir a outra parte, mas a única coisa certa é que você vai entristecer o inocente dessa história. Ouvi em terapia também que os filhos são 50% de cada um dos seus genitores e que ouvir de um ou do outro maldizer sobre a outra parte é como dizer “eu não gosto, não aceito e não respeito metade de quem é você. Pense nisso! E se você realmente quer o bem dele(s), vibre no amor e no respeito.