Já conhece o novo hit da Brasa Editora? Grandes Sucessos é o primeiro volume da coleção Música Popular em Quadrinhos, MPQ! São oito faixas de histórias em quadrinhos originais inspiradas nos grandes sucessos da Música Popular Brasileira, MPB, para você ler, ouvir e se maravilhar.
São 8 histórias inéditas com 8 quadrinistas convidados, coloridas e em preto e branco, com 29 páginas cada.
O livro Grandes Sucessos – Música Popular em Quadrinhos é um projeto criado em parceria entre a Brasa Editora, Bienal de Quadrinhos de Curitiba, Programa Brasil em Quadrinhos, Instituto Guimarães Rosa (IGR) – Lima e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Música Popular em Quadrinhos – Grandes Sucessos
Lado A
Em O Trenzinho do Caipira, Lelis nos conduz pelas estações de um Brasil profundo através de uma singela história de amor.
Embalados ao som da cantiga de roda folclórica, Marinheiro Só, Roberta Nunes nos transporta até o convés do encouraçado Minas Gerais, durante a Revolta da Chibata, em 1910.
Jéssica Groke pira ao som de Balada do Louco, ao contar o lisérgico relacionamento de Tate e seu gato Halley, em uma releitura de Alice no País das Maravilhas.
Eloar Guazzelli esparrama sua poesia gráfico-visual em uma história tão linda e cheia de graça quanto a Garota de Ipanema.
Lado B
As dificuldades de ser Apenas um Rapaz Latino-Americano explode nas cores vivas e no realismo fantástico que Álvaro maia impõe à narrativa.
As evidências surgem por todos os lados neste thriller amoroso de Line Lemos, um road comic protagonizado por uma caminhoneira atravessando as estradas brasileiras.
Em “País Tropical”, de Lila Cruz, Tereza se pergunta se vale a pena deixar a Bahia e arriscar uma vida no exterior e deixar para trás uma vida com Luiza.
Ao sabor do açaí, em Adocica, Gidalti Jr. visita o interior do Pará e nos mostra que nem tudo o que é doce adoça a vida.
Sobre os autores do livro Grandes Sucessos, Música Popular em Quadrinhos MPQ
O Trenzinho do Caipira
Heitor Villa-Lobos & Ferreira Gullar / Lelis
O Trenzinho do Caipira nasceu como peça de música erudita pelas mãos de Heitor Villa-Lobos. A música é a parte final de Bachianas brasileiras n.º 2 para orquestra de câmara, e seu nome se deve pela mímica que os instrumentos da orquestra fazem de uma locomotiva em movimento. A música foi composta em 1930 e a letra foi criada apenas em 1976, por Ferreira Gullar, publicada na antologia Poema Sujo. Há no total nove bachianas brasileiras – peças com claro objetivo nacionalista encomendadas a Villa-Lobos pelo então presidente Getúlio Vargas. A composição mescla a influência de Bach, cujo nome serviu de inspiração para o título da série, com a cultura rural brasileira: um aceno ao Modernismo paulista da década de 1920.
Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro em 1887. Escreveu mais de duas mil obras musicais durante a vida. Respeitado internacionalmente, é considerado um dos músicos mais importantes da história do Brasil.
Lelis nasceu em 1967 em Montes Claros, Minas Gerais. É quadrinista e ilustrador. Reconhecido por seu talento na aquarela, participou de coletâneas como Graffitti 76% Quadrinhos e Ragu. Já publicou Saino a Percurá (também lançado na Espanha), Anuí e Em Fuga!, além de Dernières cartouches, Goela Negra e Popeye: Um Homem ao Mar, na França, em parceria com o roteirista Antoine Ozanam.
Marinheiro Só
Clementina de Jesus / Roberta Nunes
A origem desta pérola do cancioneiro popular brasileiro é incerta. Conhecida em rodas de capoeira e reproduzida em rodas de música por muitas gerações, Marinheiro Só faz parte do repertório gravado de expoentes da música brasileira como Caetano Veloso e Maria Bethânia, mas encontra sua versão mais conhecida na gravação de Clementina de Jesus. A faixa abre o disco homônimo lançado em 1973, poucos meses após a cantora sofrer uma trombose cerebral que paralisou seu braço esquerdo. O álbum também conta com versões preciosas de Na linha do mar e Essa nega pede demais, ambas de Paulinho da Viola.
Clementina de Jesus nasceu no alvorecer do século 20, em 7 de fevereiro de 1901, na comunidade fluminense de Carambita, em Valença, no estado do Rio de Janeiro. Sua carreira foi dedicada ao samba, ao resgate dos cantos tradicionais das pessoas negras escravizadas, e a destacar o elo cultural entre Brasil e o continente africano. Trabalhou como empregada doméstica por décadas até ser lançada como intérprete pelo produtor Hermínio Bello de Carvalho em 1963, tendo chegado a representar o Brasil no Festival de Cannes em 1966. Depois de muitas crises de saúde, foi praticamente esquecida pelo meio cultural brasileiro, e morreu em intensa dificuldade financeira em julho de 1987.
Roberta Nunes, natural do Rio de Janeiro, é designer formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em literatura infantojuvenil pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Como quadrinista, participou de coletâneas como Zine XXX e Artemis. Sua história em quadrinhos Água do Feijão foi a vencedora do concurso realizado pela Flup (Feira Literária das Periferias) em parceria com o Consulado da França em 2017.
Balada do Louco
Arnaldo Baptista & Rita Lee / Jéssica Groke
Épica, intimista, grandiloquente e delicada: a Balada do Louco contempla um pouco de cada um de nós. Composta por Arnaldo Baptista e Rita Lee na época de Os Mutantes, a canção faz parte do quinto álbum de estúdio da banda, Mutantes e seus Cometas no País dos Baurets – o último da banda com Rita, que abandonaria o grupo após uma série de desentendimentos. A letra evoca uma reflexão sobre as diferenças e os distintos caminhos para a felicidade (algo bastante fortuito no Brasil da ditadura), e a linha de piano no refrão não esconde a psicodelia dos Beatles como influência.
Talvez a mais icônica e inventiva banda de rock do Brasil, Os Mutantes trouxeram ao mundo uma discografia memorável, com clássicos da canção brasileira como Baby, Panis et Circenses, Minha menina e tantas outras. Formada por Rita Lee e pelos irmãos Sérgio Dias e Arnaldo Baptista, Os Mutantes são influência dentro e fora do país, constando na playlist fundamental de grandes nomes da gringa, como Beck e David Byrne.
jéssica Groke, nascida em Minas Gerais e radicada em São Paulo, é quadrinista e ilustradora. Já participou de coletâneas como Plaf, Ragu e 11:11, além de publicar Me Leve Quando Sair (obra vencedora do HQMIX de Novo Talento Roteirista), Babilônia, Piracema (parte da Coleção Tabu) e Telhas.
Garota de Ipanema
Tom Jobim & Vinicius de Morais / Eloar Guazzelli
A caminhada vagarosa da Garota de Ipanema envolve geração após geração desde a década de 1960. A melodia sonhadora, sincopada, que ornamenta a letra sobre uma arrebatadora paixão platônica, não à toa ganhou o mundo, com centenas de regravações. Afinal, quem nunca sonhou com um amor impossível? O sucesso da faixa também alçou o gênero da Bossa Nova a uma espécie de marca sonora do país, representando o Brasil em filmes, exposições e publicidade mundo afora.
Garota de Ipanema é um dos frutos mais conhecidos do que é, com certeza, uma das parcerias mais sólidas da música brasileira. Vinicius de Moraes foi diplomata, poeta e compositor, importantíssimo em todos os campos em que trabalhou. Sua escrita tratou sempre das coisas do coração: amor, paixão e as pequenas belezas na simplicidade do cotidiano. Já Tom Jobim, músico e compositor, buscava unir o erudito ao popular, com melodias complexas que tratavam de temas como o amor (sempre), a natureza e sua paixão pelo Rio de Janeiro.
Eloar Guazzelli é ilustrador, quadrinista e diretor de arte natural de Vacaria, Rio Grande do Sul. Foi premiado nos Festivais de Cinema de Havana, Gramado, Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e Brasília, além de diversos salões de humor. Participou de mostras em diversos países – Argentina, Alemanha, Bélgica, Brasil, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, Portugal, Porto Rico, Turquia e Uruguai. Autor de diversos romances gráficos, trabalhou em uma série de adaptações literárias, entre as quais constam Grande Sertão: Veredas (em parceria com Rodrigo Rosa) e Kaputt. É também autor de Apocalipse Nau e A Batalha (com Fernanda Verissimo).
Apenas um rapaz latino-americano
Belchior / Álvaro Maia
Apenas um Rapaz Latino-Americano, composta e interpretada por Belchior, abre um dos discos mais relevantes da música brasileira, Alucinação, de 1976. A música se entrelaçou tanto com a carreira do compositor que se tornou um epíteto, descrevendo-o em reportagens, filmes e biografias. A inspiração da faixa, dizem, tem um pouco de Bob Dylan: a progressão dos acordes da canção é crescente, seu canto é rápido e encaixado e sua letra apresenta não um apaixonado, mas um realista desiludido, sem perspectivas, dinheiro e nem contatos. Também é um tanto pragmático quanto ao lugar do real compositor: trata-se daquele que tem como missão falar do que lhe parece necessário, mais do que criar entretenimento.
Belchior nasceu em Sobral, no Ceará, em 1946. Faleceu em Santa Cruz do Sul, em 2017. É considerado por especialistas em música como um dos maiores compositores e letristas brasileiros de todos os tempos. Sua carreira é uma sucessão de letras clássicas: apenas alguns exemplos são A Palo Seco, Medo de Avião, Como Nossos Pais (imortalizada na voz de Elis Regina) e Paralelas.
Álvaro Maia é quadrinista e ilustrador. Além de algumas coletâneas, lançou, em parceria com Rafael Campos Rocha, Kriança Índia. Com Pablo Marquinho, publicou Vicente: lua cheia. É autor da web tira Nosferatu: eine pornochanchada des grauens.
Evidências
José Augusto & Paulo Sérgio / Line Lemos
Trata-se, talvez, de um dos mais conhecidos hinos não-oficiais do Brasil: é difícil achar um brasileiro que não leve a mão ao peito e entoe o refrão de Evidências a plenos pulmões ao ouvi-la num karaokê. A canção, composta por José Augusto e Paulo Sérgio Valle, tornou-se um megahit nos anos 1990, cantada pela dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó – um dos duos mais importantes do país.
Os dois irmãos, nascidos na cidadezinha paranaense de Astorga, têm mais de cinquenta anos de estrada cravados de sucessos: hits como Fio de Cabelo e Brincar de ser Feliz estão entranhados no cancioneiro popular. Chitãozinho e Xororó ainda hoje estão no rol dos artistas mais vendidos em território nacional – com suas Evidências ecoando na voz de brasileiros de todos os cantos.
Line Lemos é artista, quadrinista e zineira natural de Belo Horizonte, Minas Gerais. Publicou os livros Artistas Brasileiras (2018), FOGO FATO (2020) e Fessora! (2021), além de vários zines e de ter participado de diversas coletâneas. É Licenciada e Mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG (que gerou a experiência de docência retratada em Fessora!) e estudante de Artes Plásticas na Escola Guignard (UEMG).
País Tropical
Jorge Ben Jor / Lila Cruz
Moro num país tropical… Um dos mais célebres hinos à brasilidade, País Tropical foi composto por Jorge Ben Jor, mas gravado pela primeira vez por Wilson Simonal. Seguiu-se a essa gravação o registro pelo próprio Ben Jor, acompanhado por Gal Costa. A mistura de ritmos característica da obra do compositor – jazz, samba, rock, música africana – cerca uma letra que ressalta tudo o que é lindo no Rio de Janeiro, cartão-postal do Brasil. Regravada por uma infinidade de artistas, País Tropical é uma ode à diversidade, celebrando a alegria e a musicalidade do país.
Jorge Ben Jor nasceu em 1939 no Rio de Janeiro, filho de pai brasileiro e de mãe etíope. Um dos compositores e intérpretes mais prolíficos do país, transita por uma ampla gama de ritmos angariando uma legião de fãs pelo mundo inteiro.
Lila Cruz é natural da Bahia, formada em Jornalismo e trabalha como ilustradora e quadrinista. Além de um perfil de sucesso no Instagram, ela já teve exposições individuais com seu trabalho e participou de coletâneas, como a revista Farpa, organizada por ela. Também lançou os livros Almanaque do Autocuidado e Como ser adulta e outras impossibilidades.
Adocica
Beto Barbosa / Gidalti Jr.
Eram os anos 1980 e a lambada tomava conta do Brasil. Seu lema? Adocica, meu amor, a minha vida. A simpática letra de Beto Barbosa marcou a febre da lambada, que orientou as antenas de todo país em direção à região norte. A canção foi um sucesso tão estrondoso que foi coroada com o título máximo da música popular no Brasil: virou trilha de novela. O ritmo da lambada vem do Pará e mescla influências de outras toadas nortistas, como o carimbó, a guitarrada, o forró e o maxixe. Seu som contagiante favorecia a apresentação de cantores com bailarinos e bailarinas, com superproduções rodando o país.
Beto Barbosa, também conhecido como Rei da Lambada, é descendente de libaneses e nasceu em Belém do Pará, mas sua carreira só decolou quando se mudou para Fortaleza, no Ceará. É considerado, ao lado da banda Kaoma, o precursor da lambada no Brasil.
Gidalti Jr. é mais paraense do que mineiro. Foi em Belém do Pará onde viveu, estudou e tornou-se Mestre em Artes. Natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, é quadrinista, professor, ilustrador e pintor. Gidalti foi o vencedor do primeiro prêmio Jabuti da categoria histórias em quadrinhos com Castanha do Pará, em 2017. Além de exposições e coletâneas, ele também lançou Brega Story, o qual venceu o prêmio HQMIX de melhor álbum nacional, o CCXP Awards 2022 de melhor álbum, e foi finalista do prêmio Jabuti em 2022.
Sobre a coleção Música Popular em Quadrinhos
A coleção Música Popular em Quadrinhos, um projeto criado entre a Bienal de Quadrinhos de Curitiba, O Instituto Guimarães Rosa (IGR) – Lima, o Ministério das Relações Exteriores e a Brasa Editora, faz parte do Programa Brasil em Quadrinhos, iniciado em 2019, com objetivo de projeção do quadrinho brasileiro no exterior.
Esta iniciativa pioneira alia nossa música às histórias em quadrinhos, para auxiliar alunos estrangeiros a aprenderem a variante brasileira da língua portuguesa na rede de ensino do Instituto Guimarães Rosa em todo o mundo.
Sobre a Brasa Editora
A coletânea de histórias em quadrinhos Grandes Sucessos, primeiro volume da coleção Música Popular em Quadrinhos, MPQ, e , também, o quinto livro da Brasa Editora.
A Brasa publica quadrinhos nacionais, contando histórias sobre personagens brasileiros para leitores brasileiros. Do Oiapoque ao Chuí. Da periferia pro centro. Do mar pro sertão. E vice-versa.
Descrição técnica do quadrinho brasileiro Grandes Sucessos
ISBN: 9786599616150
264 páginas coloridas
Formato 155 x 230 mm
Capa Dura
Miolo em pólen bold 90g
Pintura trilateral
Hot Stamping no selo da capa
Design da capa por Victor Marcello
ATENÇÃO: Produto em pré-reserva; o livro impresso será enviado em Junho de 2023. www.brasaeditora.com.br