E se eu disser que gosto de rock britânico, mas tem dias que parece tão chato e só me encaixo nos embalos de Rubel?
Se te contar que faz sentido o alinhamento dos astros e que a lua influencia meu humor, vai me levar a sério?
Se eu te falar que não gosto de conversas longas pela manhã, mas posso mudar de ideia em um dia que acordo de bom humor?
Se te mostrar minhas imperfeições já no primeiro encontro, o que você vai dizer?
Se você descobrir que eu ronco, que a minha pele é flácida, que não lavo a louça do jantar e quase não uso maquiagem, isso vai te assustar?
Quando minhas pernas estiverem sem depilar, meu cabelo sem hidratar e a sobrancelha por fazer, o que vai me dizer?
Quando, no dia a dia, a rotina tirar nosso brilho e as diferenças surgirem, isso vai te assustar?
E se você me prometer que, quando isso acontecer, não vai me olhar daquele jeito de quem reprova todas as minhas escolhas duvidosas?
Promete que vai me abraçar quando eu chegar chorando do trabalho porque alguém falou alto comigo e não vai achar que isso é fraqueza?
Promete que vai continuar me achando incrível mesmo depois de notar que eu sou incrivelmente piegas e terrivelmente cafona?
Promete que vamos entrelaçar nossas vidas, pernas e braços, abraços?
Que nossos pensamentos não serão censurados e nossos traumas passados não serão nada comparados a tudo que criamos dentro desse laço feito de afeto?
Se eu abaixar a guarda e te amar sem medo, promete não usar isso contra mim?
Me promete deixar que eu seja simplesmente eu, que te prometo ser perdida e completamente louca por você ser simplesmente você.
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