A cada Outubro Rosa, a simbologia e a importância deste período aumenta. Os registros de câncer de mama seguem extremamente consideráveis, sobretudo nas mulheres. No triênio 2020-2022, por exemplo, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) projetou que, depois do câncer de pele, o de mama (junto do de próstata), lideraria a estimativa de casos no Brasil, com 66 mil diagnósticos em cada um dos três anos de levantamento.
O câncer de mama, ainda segundo o estudo do Inca, representa quase 30% dos casos da doença em mulheres. E há algo muito importante que quero esclarecer nesta edição da minha coluna. Com o crescimento da procura por procedimentos estéticos, como a colocação de próteses de silicone, pode pintar uma grande dúvida: elas atrapalhariam, teriam interferência num possível diagnóstico? A resposta é categórica: não!
Não há qualquer necessidade de ficar com medo de as próteses serem um obstáculo para uma mamografia ou outros exames de imagem.
Também devo lembrar, aliás, que as próteses podem ter outro viés importante: em casos de cura da doença, após a chamada mastectomia total, que é a retirada total da mama. Isso porque elas tendem a ser usadas no processo de reconstrução das mamas. Como tenho seguido minha carreira direcionada às cirurgias estéticas, não costumo receber pacientes para esse tipo de procedimento, mas admiro muito os profissionais que atuam nessa área.
Prevenção, diagnóstico precoce e orientação
Aproveito a oportunidade para destacar outro ponto de atenção quando se fala de uma possível cura para o câncer de mama: se houver o diagnóstico precoce, as chances de vencer a doença aumentam demais. E não se esqueça que a mamografia é recomendada a você, mulher, a partir dos 40 anos, e desde os 35 àquelas que têm na família algum histórico da doença.
Além disso, não posso me esquecer de dizer que, apesar de mais raro, há possibilidade de homens desenvolverem o câncer de mama. Portanto, sendo mulher ou homem, à parte aos exames médicos, sempre que possível faça o autoexame. É bem simples de fazer: começa ao redor da aréola e vai se arredondando pela extensão do peito. Assim é possível sentir algum carocinho, um possível nódulo, uma dorzinha diferente.
Neste mês, já comecei a produzir conteúdo nas minhas redes sociais para somar esforços a outros colegas de profissão, no sentido de chamar a atenção à prevenção e também passar orientações relacionadas ao câncer de mama. Assim a gente fortalece o movimento do Outubro Rosa.
Outubro Rosa
Para você que talvez não conheça, me despeço com um pouquinho de história. O movimento teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, quando outubro se tornou oficialmente o mês de prevenção ao câncer de mama. À época, também foi lançado pela Fundação Susan G. Komen For The Cure o laço cor de rosa, posteriormente distribuído aos participantes de uma corrida de rua, chamada de Corrida Pela Cura, em Nova York. O evento se tornou tradicional e acontece anualmente na cidade americana.